16 de fevereiro de 2012

Lendas, Mistérios e Histórias de Lídice

Um homem de chapéu de couro de vaqueiro se aproxima da mesa, onde se encontra Rosângela, Paula e Amanda, quando as mesmas ainda estavam trocando as suas experiências sexuais entre sim e rindo em alto brado às vezes. As meninas logo se silenciaram, com a chegada deste senhor de aura misteriosa e olhar compenetrante, e logo estranharam pela sua presença, exceto a Rosângela, que parece se mostrar conhecer bem esse homem misterioso.

- Esse é o Alberto, meu ex-cunhado! - disse a Rosângela.

- Olá, Alberto! - disseram as meninas.

- O que faz aqui, homem? - perguntou Rosângela - Achei que estivesse morando em Angra dos Reis! 

- É verdade! Eu estou morando sim em Angra dos Reis. Mas resolvi dar uma passeada, matar as saudades daqui. Bom, andei pesquisando umas histórias interessantes aqui.

- Que história? De que nazistas estiveram escondidos aqui? Essa é velha e furada! Sabe muito bem disso!

- Não, não é bem essa! É outra coisa que andei fuçando lá no Orkut. Que aqui nas redondezas de Lídice, existe uma comunidade secreta, em que as pessoas praticam orgia adoidado.

Rosângela começa a cair na gargalhada, ao ouvir isso.

- Eu não acredito que estou escutando isso. Uma comunidade secreta que pratica orgia o tempo todo. Você é uma figura! Só falta dizer que viu uma mula sem cabeça no caminho!

- Eu também achei isso uma piada, mas no fórum ouvi 5 pessoas que testemunharam isso. Postaram até fotos. Uma pessoa que estava fazendo trilha, contou com muita precisão.

Paula e Amanda também caíram em gargalhada sobre isso.

- Tadinho, acredita em tudo que falam na internet! - disse a Amanda.

- Você deve ser a sobrinha da Rosângela, não é? - disse o Alberto.

- Sim, sou eu! - respondeu Amanda.

- Mas que moça linda! - exclamou o Alberto

- Pode tirando olho nela, que ela tem namorado! - interrompeu a Rosângela, com cutucadas, na qual ele reagiu bruscamente.

- Calma, mulher! - respondeu Alberto - Só estava brincando!

- Acho bom! - disse a Rosângela.

- Me diga! Agora que veio com esse assunto bem interessante! - disse a Amanda - Como é essa comunidade de loucos tarados, que vivem no meio do matagal aqui perto?

- São pessoas que praticam sexo o tempo todo, sem parar. - disse Alberto - Eles raptam pessoas, e usam para se tornarem seus escravos sexuais.

- Não vai me dizer que voltou aqui pra Lídice, pra descobrir a existência dessa comunidade! - disse a Rosângela, cutucando o Alberto novamente - Vai procurar o que fazer, homem! Tem trabalho lá em Angra pra fazer não?

- Eu estou de férias, mulher! - disse o Alberto - É, Amanda! Vocês jovens que gostam de internet, pode acessar lá no Orkut, a comunidade "Lendas e Mistérios do Rio de Janeiro".

- Nossa! Faz anos que não acesso o meu Orkut! - disse a Amanda - Mas eu vou dar uma olhada por lá sim e zoar um pouco.

- Amanda, não vai cair na lábia desse homem né? - disse a Rosângela.

- Ai, tia, só fiquei curiosa! - respondeu Amanda.

- Mas saiba de uma coisa. O seu Zé, que está aqui, me informou agora que no mês passado, viu uma garota pelada, completamente desesperada andando pela cidade. - disse Alberto, em tom de suspense - Ela falou a respeito desse grupo.

- Nossa! Que loucura! - disse Amanda.

- Amanda, esquece isso! - disse Rosângela.

- Deixa ela, Rosângela! - disse o Alberto.

- Alberto, já tá errado em vir aqui! - disse a Rosângela - Vai ver se estou na esquina!

- Vou indo lá, meninas, até logo! - disse Alberto.

- Ninguém merece! Fica com essa filosofia de botequim e ainda vem com essas abrobrinhas! - disse a Rosângela, depois que o Alberto saiu da mesa.

- Tia, vamos pra casa? - disse a Amanda.

- Achei que você ia procurar um xalé.

- Não, achei bem confortável. Amanhã vou dar um passeio com o João e queria que a Paula fosse comigo.

- Aquele menino que falou agora pouco? - disse a Paula.

- Sim! Ele vai nos levar até a nascente do Rio Piraí, pra tomarmos banho. Ele disse que é muito bom.

- Ah, sim, eu ouvi falar! É bom mesmo! - disse a Rosângela - Pode confiar nele, o João! Ele é bom menino. Agora, quem vai dirigir até Passa Quatro?

- Amanda! Ela não bebeu quase nada! - disse a Paula

- Então, Amanda, assuma a direção, que estamos tontas, por causa do álcool. - disse a Rosângela - Eu pago a conta.

Amanda, Paula e Rosângela foram de carro até Passa Quatro, onde fica a casa da Rosângela. Ali, elas decidiram passar a noite, e se preparar para o segundo dia em Lídice. Amanda decide ficar na sala, assistindo o noticiário, para depois ver a novela, enquanto a Paula, estava navegando na internet, usando o notebook da Amanda, trocando mensagens.

- Amanda! Caso esteja com fome, pode pegar o pão de forma, queijo e presunto, pra fazer o misto quente. Eu vou dar uma saída. - disse a Rosângela, que parecia mostrar um pouco de preocupação - Ou se preferir, tem umas pipocas de microondas no armário.

- Onde vai, tia? - disse Amanda.

- Eu vou ali, resolver umas coisas! Prometo não demorar. Eu vou trancar a porta e o portão lá fora e soltar os cachorros. Se alguém vir chamar aqui, me procurando, não atendam, fiquem em silêncio, mesmo que a pessoa fique a noite toda aqui chamando.

- Algum problema?

- Nada demais! Só não quero incomodar vocês! Quero que curtam a estadia aqui. Se comportem hein!

- Tá bom, pode deixar. - disse Amanda.

- Até mais!

Rosângela fecha a porta com um pouco de força e tranca a porta e em seguida solta os cachorros, tranca o portão e sai para as ruas de Passa Quatro, em Lídice. Amanda e Paula, se olham estranhamente a respeito da atitude de Rosângela.

- A gente deveria ter ido ao chalé! - disse a Paula.

- Fique calma, Paulinha! - respondeu Amanda - Eu conheço a minha tia! Só achei estranho ela falar essas coisas.

- Mas não é estranho isso? Falar pra não atender ninguém e trancar a gente, com aquela expressão, chega a ser estranho.

- Bom, vamos confiar, Paulinha! Eu confio na minha tia! Ela não quer nada de mal entre a gente.

- Eu espero que você esteja certa!

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