28 de janeiro de 2011

A Toca do Sapo

O carro percorre pela estrada sinuosa, que contorna insistentemente as montanhas do sul do estado do Rio de Janeiro e as duas se sentem muito felizes, cantando diversas músicas populares, muitas de modinhas adolescentes, que hoje estão nas paradas de sucesso. A alegria era totalmente espontânea e alegre. As duas parecem que nunca se sentiram tão felizes em todas as suas vidas. Elas ainda aproveitavam a oportunidade para paquerar os motoristas masculinos, lançando beijos e ainda mostrando seus mamilos, retirando toda a atenção da estrada.

- Sabe Amanda! No começo achei uma loucura nos hospedar aqui a noite, pois não é tão longe da nossa casa. Mas depois, adorei passar a noite com você.


- A minha intenção era essa. Você sabe que eu queria experimentar isso. Só não dava, porque tem meus irmãos chatos que me deduram.

- Você deveria ter falado isso antes.

- É que eu fiquei com vergonha! Me desculpe, amiga.

- Vergonha! Fazer amor uma outra mulher? Não acho que seja uma vergonha.

- É que minha família é católica beata. Todos os domingos meus pais vão à missa, fazem parte de uma pastoral. Meu irmão caçula toca teclado na igreja.

- Legal! Acho que a gente deveria se conhecer melhor!

- Você já me conhece melhor! Sabe como eu sou capaz na cama. E posso fazer muito mais! Vou te levar ao paraíso, a lugares nunca imaginados.

As duas começam a cair na gargalhada e riem descontroladamente, que Paula quase perde a direção do veículo.

- Cuidado, sua doida! - exclamou a Amanda.

- Adoro o perigo! Ele me excita ainda mais!

- Eu tenho amor a minha vida! Não vai me matar!

- O que acha?

- Paula, olha o que vai fazer!

- Estou brincando! Ai, Amanda! Mesmo que amanhã a gente queira nos matar umas às outras, eu nunca vou esquecer dessa noite. Não vou esquecer deste feriadão.

- Nem eu! Mas o que quis dizer com nos matar umas às outras.

- Vamos ser honestas, amiga! Ninguém é perfeito nesse mundo. Se quiser manter uma grande amizade e cultivar a confiança. Sinceridade é tudo.

- Concordo contigo. Sabe como chega a cada da minha tia?

- Conforme diz esse papel, a casa da tua tia fica em Lídice, depois do Rio Claro. A gente tem que procurar pela Toca do Sapo, que já dá pra ver na estrada.

- Toca do Sapo? Me desculpe! Eu não entendo a letra da minha mãe.

- A Toca do Sapo fica antes de chegamos exatamente na cidade. Parece que tua tia mora ali perto. Mas a gente não vai ficar lá não né?

- Não! Vamos ficar numa pousada em Lídice mesmo. Já até fiz a reserva.

- Garota esperta! Aposto que planejou tudo isso. Me molestou ontem a noite...

- Vai me dizer que não gostou?

- Eu amei! Se for por você, por mim, faça o que quiser comigo...na cama!

O veículo chega ao Centro de Rio Claro e seguiu em frente, em direção a Angra dos Reis, passando por várias ribanceiras, até finalmente avistarem a Toca do Sapo, que é uma pequena mercearia no meio da estrada, no local que é o começo da localidade chamada Lídice. Ali, estacionaram o veículo e pediram informações., até finalmente descerem pela rua e chegarem a uma casa que fica bem na beira do rio Piraí.

O lugar é completamente solitário e calmo. A propriedade se mistura com a natureza do local e era possível sentir o cheiro de carne de panela, deixando com água na boca. Amanda começou a bater palmas diante do portão de madeira envernizada. Dois cães de raça rottweiler começam a latir, até que uma simpática senhora de cabelos longos e meio grisalhos silencia e em seguida, se aproxima do portão. Ela se vê completamente surpresa, ao ver sua sobrinha diante do seu portão, acompanhada de sua amiga.

- Amanda! Que prazer te ver por aqui! - exclamou a senhora.

- Oi, tia Rosângela estou aqui pra fazer uma visita. Estava afim de viajar, distrair minha mente.

- Eu entendo! Venha! Entre!

As três entram na propriedade e caminham por um vasto quintal, com árvores, uma pequena horta e um galinheiro. Ao entrar na residência, as meninas logo se acomodaram na sala, enquanto a simpática senhora foi preparar café com leite e um pão amanteigado bem quente. Ela logo ofereceu para as duas, que aceitaram sem nenhum receio.

- Então, Amanda, como vai o pessoal lá na tua casa?

- Vai tudo bem! Eu vim aqui pra passar o feriadão em Lídice com minha amiga, pra conhecer o lugar diferente e ver a minha tia querida que me abandonou.

- Amanda! Sabe que quem ama de verdade, nunca abandona. Vão hospedar aqui em casa?

- Não! Eu e minha amiga resolvemos alugar um xalé aqui perto.

- Ah, minha querida sobrinha. Não precisava. Por que não me falou antes, que arrumava um quarto pra você e pra tua amiga!

- Não tia, não queria te incomodar. Hoje a noite eu viremos almoçar aqui, não é, Paula?

- Com certeza! - respondeu.

- Tudo bem! Mas na próxima vê se me liga primeiro, pra não gastar dinheiro a toa. Você é uma moça nova, tem uma vida inteira pela frente. Tem namorado legal, que não te sacaneia.

- Brigada, tia. Eu queria te deixar bem a vontade. Não é junto eu incomodar a senhora.

- Está bem, já que insiste! Pelo menos fique aqui até o almoço. Aproveite pra estacionar o carro aqui! Depois do almoço, você vão ao xalé, pois vão pagar uma diária a menos.

- Tudo bem, eu vou ficar. Esse lugar é lindo! Gostei daqui!

- Você veio por Angra dos Reis ou por Serra das Araras?

- Serra das Araras! Minha amiga não gosta de pegar a Rio-Santos.

- Entendi. Pelo visto, não conhecem nada da cidade. Vamos conhecer primeiro, não custa nada, não é?

- É verdade!

- E você pode tomar banho aqui no rio também. As águas são limpas, não se preocupe! O povo sempre gosta de momar banho aqui. Você deveria vir aqui mais vezes, é muito bom!

- Com certeza eu virei, minha tia. Eu posso ir ao rio agora?

- Sim, claro! A casa é tua também. Fique a vontade!

Paula e Amanda logo se arrumaram e foram apenas de biquini, cobertosa com a kanga até o Rio Piraí. Elas passaram a manhã toda no rio, porém, a maior parte do tempo, elas apenas se boiavam. Elas nada falavam, apenas trocavam olhares entre si, um olhar de puro e ardente desejo de fazer um amor no rio. Elas se imaginavam abraçando-se e beijando-se nas águas do Rio Piraí, e completamente nua, roçavam-se uma vagina contra outra e lambendo os mamilos. Embora elas nunca se tocaram de fato, as duas quase tiveram orgasmo no rio mesmo, até que a Rosângela, tia da Amanda, chama para almoçar.

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